África do Sul revalida a “Plate Final” e Zimbabwe conquista o primeiro “bronze”

A Selecção Nacional de Futebol da África do Sul venceu, hoje no Moses Mabhida Stadium,  aos penalties, a sua congénere do Malawi, na final das equipas derrotadas nos quartos-de-final da Taça COSAFA, por 5-4, depois do nulo no tempo regulamentar. Deste modo, os “ Bafana Bafana” revalidam o título de quinta melhor classificada do torneio pela terceira vez. Pelo feito alcançado, os vencedores arrecadaram consigo o prémio monetário no valor de 100 mil randes.

Entretanto, o Zimbabwe que é até aqui o campeão em título, venceu o Lesotho aos penalties, por 5-4, conquistando deste modo a terceira posição na classificação final do torneio o que lhes conferiu a primeira medalha de bronze desde que esta competição foi estatuída em 1997. Coube ao terceiro classificado receber o valor de 150 mil randes, como prémio estipulado para o efeito, enquanto que o quarto contentou-se com cheque gigante no valor de 125 mil randes.

Frisar que amanhã, sábado joga-se a final da Taça COSAFA, que decorre na cidade de Durban, África do Sul desde o passado dia 25 de Maio deste ano. Botswana e Zâmbia são as selecções que medirão forças entre si, no Moses Mabhida Satdium, quando forem 15:00 Horas.

Anotar que a África do Sul venceu, no ano passado o Botswana, numa final similar por 3-0, conquistando o seu segundo título nesta categoria.

Os representantes da nação arco-íris somam o seu terceiro título no “Plate Final”. Esta competição (“Plate Final”) é o cruzamento entre as quatro equipas que são eliminadas nos quartos -de-final, que são colocadas a jogar uma meia-final e uma final. A competição foi introduzida em 2013, na edição acolhida pela Zâmbia, tendo sido Moçambique o vencedor, ou seja, a melhor posicionada entre os eliminados.

Recordar que  os “Bafana Bafana”, nome de guerra da África do Sul, foram afastados nos quartos de-final, pela selecção do Botswana, na lotaria das grandes penalidades por 5-4, depois do empate a duas bolas no tempo regulamentar.

Já nas meias-finais dos derrotados dos quartos-de-final, os sul-africanos conseguiram vencer também, nos penalties os ugandeses por 4-2, depois do empate a uma bola nos noventa minutos, enquanto que o Malawi venceu por 2-1, as Comores.

Nos cinco confrontos que as duas selecções já tiveram, a África do Sul venceu dois tendo o Malawi triunfado apenas um (1). Ambas empataram em duas ocasiões perfazendo um total de quatro golos marcados a favor da equipa sul-africana e dois para o os malauianos.

Este foi sexto encontro entre as selecções da África do Sul e do Malawi. Curiosamente em 2015, a custa da África do Sul o Malawi conquistou a quinta melhor posição, nesta categoria (Palte Final), ao vencer a lotaria das grandes penalidades após o nulo no tempo regulamentar.

Contudo,  os dois últimos encontros terminaram sem golos para os dois lados e, no total, apenas seis golos foram marcados nos cinco jogos anteriores. O Malawi marcou dois desses golos e ambos vieram de penálti, convertido pelo antigo defesa do Kaizer Chiefs, Patrick Mabedi.

Festival de falhanços e penalties, uma vez mais…

Um verdadeiro festival de falhanços é o que se pode dizer na história deste jogo, que teve como vencedor o anfitrião, África do Sul que uma vez mais garantiu a continuidade nas cinco melhores equipas classificadas da COSAFA.  Um facto curioso que nos chama atenção é que a presente edição da COSAFA é caracterizada por jogos que são decididos aos penalties.

A selecção do Malawi já não é aquela pêra doce de que a África do Sul esteve habituada a provar. Prova disso, foi uma vez dada no jogo de hoje. Os “Flames”-nome de guerra do Malawi- exerceram uma forte pressão na primeira etapa procurando encostar os “Bafana Bafana” às cordas, algo que surtiu o efeito desejado.

As constantes investidas levadas a cabo pelo internacional malauiano, que recentemente assinou pelo Baroka FC da África do Sul, ido do Clube de Desportos da Costa do Sol (Moçambique), Richard Mbulu fizeram com que a defensiva contrária redobrasse a atenção.

Dois livres perigosos, e duas bolas a trave constituíram os momentos marcantes da primeira etapa, que o Malawi protagonizou na tentativa de violar a baliza à guarda de Mondli Mpoto. Sem golos, mas com muita luta travada em campo as duas equipas foram ao intervalo.

No reatamento, a África do Sul foi quem decidiu tomar a rédeas do jogo, sendo no cômputo geral a equipa quem mais criou situações claras de golo. A falta de eficácia fez com que os treinados de David Notoane, técnico da África do Sul não tivessem destreza e concentração necessária para introduzir as bolas dentro da baliza. Kamohelo Mahlatsi, meio-campista a serviço do Super (África do Sul) foi o rosto visível ao falhar cara a cara com a baliza escancarada a passagem do minuto 72.

Drama e muito suspense a medida que o tempo corria. O juiz da partida proveniente da Namíbia, Shifeleni Nehemia teve que arrastar o jogo até o prolongamento, mas ainda assim, mesmo dominando o jogo a África do Sul falhou que baste. Só na lotaria das grandes penalidades é que os “Bafana Bafana”  conseguiram abater o seu adversário. 5-4, foi o resultado final. Chikoti Chirwa falhou o golo que seria decisivo para o Malawi.