África do Sul vinga-se e conquista o seu quarto título

A selecção feminina da África do Sul conquistou a 5ª edição do Torneio da COSAFA que terminou hoje em Bulawayo, Zimbabué ao vencer na final a sua similar local por 2-1. O torneio que decorre desde o passado dia 13 de Setembro em Bulawayo, Zimbabué teve o seu epílogo hoje com a tradicional cerimónia de atribuição de medalhas e troféus aos que se destacaram no evento.

Chrestinah Kgatlana foi a primeira a chegar ao golo aos 45 minutos do jogo enquanto que Rutendo Makore, melhor marcadora do torneio com 10 golos marcou o golo de empate aos 72 minutos. Leandra Smeda fechou as contas ao apontar o segundo golo já no apagar das luzes (90’).

Seis anos depois a África do Sul vinga-se da derrota sofrida em 2011. Recorde-se que foi nesse ano em que as anfitriãs venceram as filhas de Madiba (NélsonMandela) por 1-0, numa final épica havida na capital zimbabueana, Harare. Ficam assim acertadas as contas. A desforra foi feita.

Já a África do Sul lidera a lista de melhores marcadores do evento com 31 golos marcados em 2002. As vítimas da fúria sul-africana foram o Botswana (14-0), Moçambique (13-0), e Suazilândia (4-0).

Importa realçar que o Zimbabwe acolhe o torneio pela terceira vez depois de tê-lo feito em 2002 e 2011. Lembrar que os anfitriões protagonizaram a maior goleada do torneio em 2002 ao esmagarem o Lesoto por contundentes 15-0.

A ex-detentora do título terminou o torneio com quatro pontos e nem sequer conseguiu produzir os pontos necessários para no mínimo ser a segunda melhor classificada de todos os grupos.

No seu percurso a selecção do Zimbabué venceu a sua congénere de Madagáscar por 4-0, para depois no segundo jogo empatar diante da Zâmbia (1-1). Para além da Zâmbia e do Zimbabwe no Grupo “A”, encontram-se igualmente as selecções de Madagáscar e do Malawi, neste que foi considerado o grupo de morte.

Importa realçar que o Zimbabwe acolhe o torneio pela terceira vez depois de tê-lo feito em 2002 e 2011. Lembrar que os anfitriões protagonizaram a maior goleada do torneio em 2002 ao esmagarem o Lesoto por contundentes 15-0.

Festa e emoção                                                                                                                                                                                           

Horas antes de iniciar a partida agrupamento musical “Iyasa” abrilhantou o público com vários números de temas musicais acompanhadas de diversas coreografias exibidas por um grupo de dança local. Foi o momento mais aplaudido pelos mais de 23.000 espectadores que inundaram o Barboufields Satdium para testemunhar os momentos únicos proporcionados pela COSAFA.

A cerimónia contou ainda com a presença de altas figuras do desporto africano nomeadamente Dr.Phillip Chiyangwa, presidente da COSAFA, Ministro dos Desportos do Zimbabué Makhosini Hlongwane eentre outras figuras do panorama desportivo e não só.

Como era de se esperar as duas equipas jogaram no limite do erro sob pena de pagarem alto a factura de uma eventual displicência ou algo parecido. Por um lado estava o Zimbabué confiante e disposto a revalidar o título conquistado a custa da África do Sul em 2011. E por outro, uma África do Sul rejuvenescida e disposta a vingar o título que anteriormente fizeram menção.

A temível Rutendo Makore, a atacante zimbabueana que conta com nove golos no torneio era constantemente policiada pela defensiva contrária que não arregalava os olhos a esta “máquina“ de fazer golos. Do lado sul-africano Leandra Smeda, a jogadora mais experiente do torneio e da sua equipa orientava as suas colegas sempre que saiam em ataque.

Aos 28’minutos Rutendo Makore que foi carregada em falta encarregou-se de bater o livre directo que só não fez abanar as malhas porque Andile Dlamini, que esteve em dia de inspiração mandou a bola para fora. As “Banyana Banyana”, nome de guerra da África do Sul responderam numa jogada de contra-ataque em que Chrestina desfere um portentoso remate que obrigou Chido Dzingirai, guarda-redes das “Mighty Warriors”, nome de guerra da selecção do Zimbabué a fazer uma defesa a recurso. Estavam jogados 37 minutos.

Dali para frente a África do Sul teve um ascendente e foi a equipa que mais perigo levou a baliza contrária e mais oportunidade de golos teve. Depois de duas tentativas fracassadas (41’ e 44), Chrestinah Ngtlana, média ofensiva a serviço do UWC Ladies da África do Sul viria a marcar aos 45 minutos altura em que recolheram aos balneários.

Acreditar até o fim!

À entrada para a segunda parte o Zimbabué não cruzou os braços e procurou a todo o custo chegar ao golo da igualdade. Mesmo assim, a África do Sul não abria espaços para a equipa contrária criar jogadas que levassem perigo a sua baliza.

Foi preciso muita calma e paciência para encontrar o caminho do golo. A inevitável Rutendo Makore marca de cabeça aos 72 minutos após receber um centro de uma das suas colegas que fez um centro para a grande área. Estava assim feita a igualdade e o jogo ficou relançado.

Com o apoio do seu público a equipa do Zimbabué ganhou mais confiança e obrigou com que as suas adversárias cometessem erros, algo que não chegou a acontecer pois as treinadas de Desiree Ellis lutaram até o último minuto para chegar ao golo. Aos 90 minutos, Leandra Smeda marca de cabeça depois responde positivamente a um centro de Chantelle Esau, esta última que roubou a bola na zona do meio campo galgando o corredor esquerdo até a linha de fundo. Ficava premiada a capacidade inteligente de fazer a gestão da emoção por parte das sul-africanas durante os 90 minutos. Ficava assim, também premiado o esforço e o trabalho de equipa das Banyana Banyana que levaram consigo o seu quarto título.

No fim foram distribuídos os troféus aos atletas que mais se destacaram no torneio. Chrestinah Ngtlana, da África do Sul ficou com prémio da melhor jogadora da prova enquanto que Rutendo Makore ficou com o troféu de melhor marcadora do torneio. A selecção do Quénia foi considerada equipa fair play e a guarda-redes do Zimbabué Chido Dzingirai ficou com o prémio de melhor guarda-redes da COSAFA.