Madagáscar vence e baralha contas… semifinalistas só na última jornada!

A vitória da selecção de Madagáscar sobre as Comores (5-1), fez com que a África do Sul adiasse a passagem para as meias-finais, do Campeonato Sénior Feminino do Conselho das Associações de Futebol da África Austral (COSAFA), visto que os insulares conquistaram o mesmo número de pontos (3) que o Malawi e a equipa anfitriã (África do Sul) até o desfecho da segunda jornada.

Mesmo com a vitória de hoje arrancada a ferro-e-fogo sobre o Malawi por 3-1,  as campeãs em título e as vice-campeãs africanas terão que esperar até o último jogo, onde deverão jogar com Madagáscar.

O mesmo se oferece dizer ao Zimbabwe, que mesmo tendo goleado a já afastada selecção de Moçambique por 5-0, somando um total de seis pontos, a mesma terá que aguardar até a última jornada para decidir o seu futuro, visto que no seu Grupo (C), o Eswatini, segundo classificado da série conta com três pontos (3). Aliás, há que anotar que o Eswatini. ainda tem um jogo pela frente onde irá medir forças com a também afastada turma angolana,  neste sábado.

Contudo, o destino das duas selecções será conhecido nesta segunda-feira, quando ambas medirem forças entre si, no Wolfson Stadium, quando forem 15:30 horas. À semelhança das selecções descritas anteriormente, o mesmo caso se dá com o Grupo “B”,  que duas equipas partilham os mesmos pontos (3), neste caso a Zâmbia e Botswana. Ambas ainda tem dois jogos por disputar sendo prematuro avançar com prognósticos precoces.

O torneio que arrancou no dia 31 de Julho em Port Elizabeth, deverá terminar  no dia 11 de Agosto do ano em curso.

Segundo o figurino da competição só transitam apenas os primeiros melhores classificados de cada grupo e segundo melhor de todos, uma vez que as equipas estão dispostas em três grupos, num total de 12 equipas. 

Madagáscar sem benevolência  

Já havíamos referenciado na antevisão deste jogo que eram remotas as possibilidades de as Comores sobreviverem dada as acentuadas diferenças existentes entre os dois conjuntos, no que ao nível competitivo diz respeito, afinal, as Comores apresenta-se pela primeira vez nesta competição e não só!

Enquanto procuravam recompor-se do susto tomado, após a goleada (17-0) imposta sobre si, pela África do Sul, actual campeã em título e vice-campeã africana, as insulares das Comores votaram a ser fustigadas com o seu vizinho Madagáscar, que não teve dó nem piedade.

Entre factos e curiosidades, Hanitriana Nivonirina, a artilheira de Madagáscar entra para história desta competição ao ser até aqui, a jogadora a marcar o golo mais rápido aos 24 minutos. Era o prenúncio de mais um pesadelo que vinha pela frente.

Volvidos dois minutos, a equipa trenada por Hortênsia Mamihasina (Madagáscar) volta a abanar as redes da baliza à guarda de Matina Mohamed (Comores), estabelecendo o 2-0, por intermédio de Aimée Christina Razanampiavy.

Despidas de ideias para contrariar o resultado negativo e para sair em ataque, as representantes das Comores  voltaram a consentir mais golo, a passagem do minuto 20, neste caso, o terceiro para  Madagáscar. A medida que o tempo passava as comorianas  não vergaram e acreditaram que poderiam chegar ao golo.

A perseverança e a fé foram factores determinantes que resultaram  no tão desejado golo. Wafat Mari, jogadora a evoluir no Saint Henry da França beneficiou-se de um roubo de bola, na zona do meio-campo galgando o corredor central antes abater a guardiã de Madagáscar.  Foi golo da consolação que foi efusivamente celebrado entre as jogadoras.

Entretanto, a alegria das Comores foi sol de pouca dura, pois no primeiro minuto de compensação da primeira etapa a equipa de Madagáscar foi ao intervalo a vencer por 4-1. No reatamento Marie Sarah Rasoanadrasana (51´) voltou a marcar ditando o resultado final, que colocou praticamente as Comores fora da corrida do tão desejado troféu.