Malawi e Maurícias empatam e arrumam as malas

As selecções do Malawi e das Maurícias empataram sem abertura de contagem, ontem, em pleno Royal Bafokeng Stadium perdendo desta forma a possibilidade de brigar pela passagem de acesso aos quartos-de-final. Os dois conjuntos que entraram para esta ronda sem ter pontuado protagonizaram uma partida electrizante onde os índices de ansiedade demonstrado pelas duas partes falou mais alto. E não era para menos, afinal, esta é a fase do mata mata onde o desespero fala mais alto que a razão.

O próximo jogo destes dois conjuntos será apenas para cumprir o calendário uma vez que o regulamento permite que apenas uma equipa de cada grupo transite a fase seguinte.

O grupo “A” encerará o seu ciclo de jogos com a Tanzânia a medir forças com as Maurícias e o Malawi a defrontar a Angola. Os desafios estão marcados para o dia 29 de Junho.

Mesmo perante este cenário importa frisar que em campo estavam duas equipas distintas, mas com os mesmos objectivos: ganhar o jogo! O Malawi nalgum transmitiu a falsa sessão de que tinha o jogo sob o seu controlo. Aos 13 minutos Bokosi ensaiou um remate à entrada da grande área testando os reflexos do guardião contrário Kevin Obrian que esteve atento a bola mandando esta para os ares.

Por sua vez, as Maurícias assumiram o jogo de peito aberto deixando transparecer que o jogo seria discutido até ao último minuto. A concentração e atitude demonstrada pelos ilhéus foi determinante para se impor perante um adversário que a prior entrou como uma das favoritas do grupo.

O susto que os trienados de Ronny Van Geneugden tomaram ao serem surpreendidos com a derrota (2-0) diante da Tanzânia no primeiro jogo obrigou com que a equipa reformulasse as estratégias, mas, mesmo assim, nada resultou.

Das 13 participações que o Malawi esteve envolvido na Taça COSAFA CASTLE, o máximo que conseguiu foi chegar a uma meia-final em 2001. No único confronto até aqui existente, o Malawi saiu triunfante após vencer as Maurícias por 1-0, com o golo a ser apontado por Gabeya. Este desafio teve lugar em Windhoek, Namíbia no dia 14 de Junho de 2016.

No que a COSAFA CUP diz respeito a maior vitória tida foi com Botswana em que venceu por 1-4, a 1 de Março de 1997 e a segunda diante da Angola, por 3-0, esta a 12 de Junho de 2016 na Namíbia. A sua pior derrota neste torneio foi contra a Zâmbia, em que os malauianos sucumbiram por claros 4-0.

O jogo de má memória até aqui registado pelo Malawi data de 15 de Outubro de 1962, quando estes foram trucidados pela selecção ganesa por contundentes 12-0, isto em partidas de carácter particular.

Das 13 participações presenças marcadas na Taça COSAFA CASTLE, as Maurícias conseguiram apenas chegar aos quartos-de-final por duas ocasiões, a primeira em 2001 e a segunda em 2004. No seu historial na COSAFA os ilhéus conseguiram alcançar uma vitória expressiva diante da sua congénere das Seychelles por 4-0, no dia 19 de Julho de 2008. Facto curioso é que em Julho de 2013 as Seychelles fizeram a desforra goleando os seus vizinhos por contundentes 7-0.

Na reacção perante o resultado obtido, os técnicos das duas equipas prometeram trabalhar mais no sentido de melhorar as suas participações nas próximas ocasiões.

 

Angola e tanzania empatam e só

decidem seu futuro na última jornada

Não foi desta que se conheceu a primeira equipa que iria transitar a fase seguinte. As formações de Angola e da Tanzânia empataram sem golos no desfecho do segundo jogo do grupo “A”, continuando deste modo a partilhar a liderança na tabela classificativa com quatro pontos.

Antevia-se uma partida difícil entre estes dois conjuntos considerando que ambos entraram para esta jornada espevitados com as vitórias obtidas na jornada passada. Por seu turno, o espectáculo que se esperava assistir não foi o desejado visto que as duas equipas a jogavam no limite do erro o que fez com que houvesse um zelo excessivo na construção das jogadas. Foi com o nulo que os dois contendores recolheram aos balneários.

No reatamento da contenda, os angolanos ainda estiveram próximo de chegar ao golo não fosse a pronta intervenção do guardião contrário que evitou o pior ao dar uma palmada a bola que caprichosamente caminhava para o fundo das malhas, depois de um portentoso remate cobrado por Carlos Carmo na sequência de um livre directo no minuto 89.

Recorde-se que na estreia, os Palancas Negras derrotaram a sua congénere das Ilhas Maurícias, por 1-0, com golo de Manguxi, aos quatro minutos de jogo, enquanto os tanzanianos venceram o Malawi, por 2-0.

Em caso de passagem à fase seguinte, a selecção angolana defronta a África do Sul o mesmo que se pode dizer da Tanzânia.

No rescaldo das 15 edições até aqui realizadas, Zimbabwe e Zâmbia são as selecções que já ganharam a competição mais vezes (4), seguidos por Angola e África do Sul, cada uma delas com três conquistas.

Botswana-Zâmbia e Namíbia- Lesoto serão as primeiras equipas a disputarem os jogos referentes aos quartos-de-final neste sábado, sendo que no domingo a África do Sul e Suazilândia aguardarão os vencedores dos grupos A e B. Todas as partidas irão realizar-se no no Royal Bafokeng Stadium.

Recordar que quando a competição começou, foi anunciado que as equipas acima referidas estariam isentas por estarem melhor posicionadas no ranking da FIFA publicado em Fevereiro de 2017.

Um outro dado a ter em conta nesta competição é que os perdedores dos quartos-de-final poderão disputar entre si para se encontrar a melhor posicionada entre os eliminados. Esta ideia foi introduzida em 2013, na edição acolhida pela Zâmbia, tendo sido Moçambique o vencedor, ou seja, a melhor posicionada entre os eliminados.

Segundo a organização o objectivo é de dar a oportunidade de fazer mais jogos às equipas eliminadas nos quartos-de-final, que doutro modo fariam um jogo e regressariam à proveniência. Uma inovação de aplaudir, até porque o espírito que norteou a criação da Taça CASTLE é mesmo dar rodagem internacional às selecções, preferencialmente compostas por jogadores que buscam experiência internacional.